sábado, 30 de agosto de 2008

Marisa Monte homenageia Velha Guarda da Portela em filme

SAMBAAAAAAAAAAAAAAA...

ESTRÉIA-Marisa Monte homenageia Velha Guarda da Portela em filme
REUTERS
http://www.estadao.com.br/ - Jornal O Estado de São Paulo


SÃO PAULO - O samba, gênero musical que nunca deixou de se renovar, recebeu uma emocionante e justa homenagem da cantora Marisa Monte no documentário "O Mistério do Samba", dirigido por Carolina Jabor e Lula Buarque de Hollanda.


O filme estréia nesta sexta-feira em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Belo Horizonte, Brasília e Santos.
Com um gravador na mão e muita simpatia, Marisa percorreu as ruas de Oswaldo Cruz, bairro da zona norte carioca, para ouvir os veteranos sambistas que fizeram a história da Portela, a escola de samba que detém o maior número de títulos no Carnaval do Rio.


O projeto foi iniciado em 1998, quando a cantora começou as pesquisas para a produção do CD "Tudo Azul", resgatando a obra musical dos compositores da Velha Guarda da Portela.

Durante quase dez anos, Marisa reuniu depoimentos de integrantes históricos da Velha Guarda, como Monarco, Argemiro, Jair do Cavaquinho, Aniceto, Antônio Rufino dos Reis, Casquinha e Casemiro da Cuíca. Também foram ouvidos portelenses mais jovens, mas, nem por isso, com história menos rica, como Paulinho da Viola e Zeca Pagodinho.
Nos últimos anos, Cartola e Paulinho da Viola tiveram sua vida e obra registradas em belos documentários. Desta vez, a novidade é que o filme de Carolina Jabor e Lula Buarque de Hollanda também abre espaço para as mulheres sambistas, cujas trajetórias não perdem em importância para as dos homens, mas que nem sempre são lembradas ou devidamente valorizadas, como Surica, Doca e Eunice. Elas fazem confidências saborosas sobre o universo masculino do samba.

Como uma pesquisadora dedicada, Marisa procurou familiares de vários sambistas já mortos e conseguiu encontrar letras e gravações em fita cassete de músicas inéditas, registradas no disco "Tudo Azul". Ela encontrou cerca de 100 músicas, quase todas inéditas, que corriam o risco de desaparecer.

O documentário abriu o Festival de Paulínia este ano e foi programado para uma sessão ao ar livre durante o Festival de Cannes, mas teve sua exibição cancelada por causa do mau tempo.

(Por Luiz Vita, do Cineweb)

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